Professores são humanos. Foi-se a época em que os alunos imaginavam as salas de professores como um santuário envolto em segredos. Foi-se a época em que o magistério era visto como vocação nata e na qual o professor trabalhava de forma exclusiva em apenas uma escola. Hoje as relações são muito mais agressivas, há um estresse latente em todas as salas de aula, professores tiram licenças por estarem esgotados e por dividirem-se entre muitos locais, alunos reprovam ao após ano por não conseguirem assimilar o básico dos conteúdos. Em meio a tudo isso ainda vemos um tratamento ríspido entre as partes. Pensando nisso, apresento cinco frases que a maioria dos professores odeia ouvir. Todas estão devidamente comentadas ao sabor de duas neosaldinas e uma xícara de café expresso.
Uma explicação linguística para os críticos dos metabloggers
Você, assim como eu (cacófato estranho) já deve ter parado para pensar no porquê dos posts dos metablogs serem tão parecidos para não dizer iguais. Sim, meu leitor, eu também já me perguntei isso. Nunca dei a devida importância nem olhei para isso com um olhar que não fosse o do simples leitor. Isso até hoje.
Você, certamente, já ouviu lá nas aulas do Ensino Médio aquele seu professor falar sobre intertextualidade. Não se lembra? Veja a definição então:
Intertextualidade é a relação entre dois textos caracterizada por um citar o outro.
O fato é que se ficássemos apenas nessa definição, poderíamos reduzir a discussão ao fato de um metablogger descobrir algo e TODOS os outros copiarem.
O que eu disse anteriormente também não é verdade. Embora eu creia que haja muito blog por aí copiando o que a Juliana, o Marcos e o Compulsivo escrevem, vemos semelhanças mesmo entre os três blogs citados. Isso é um problema? Não, meu embasbacado leitor. Isso não é problema.
Falo isso embasado no fato de que há diferentes tipos de intertextualidade. A intertextualidade pode ter uma base temática quando os textos apresentam em comum um tema, uma determinada ideologia ou visão de mundo. Também podemos ter uma base estilística, quando o texto apresenta certos procedimentos muito conhecidos em outro texto, como, por exemplo, o emprego de palavras, expressões e até estruturas sintáticas similares. Veja os exemplos abaixo:
Meus oito anos (Casimiro de Abreu)
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Meus oito anos (Oswald de Andrade)
Oh que saudades que eu tenho
Da aurora de minha vida
Das horas
De minha infância
Que os anos não trazem mais
Naquele quintal de terra!
Da rua de Santo Antônio
Debaixo da bananeira
Sem nenhum laranjais
E agora, quem vai trollar o poeta Oswald de Andrade por ter feito algo praticamente igual ao que Casimiro de Abreu escreveu? Pense nisso antes de criticar posts semelhantes.
Uma bela metáfora sobre a vida
“De cinco em cinco anos, num brejo, todos os insetos elegiam um representante. O vencedor da eleição era chamado de o Rei dos Insetos, e este ganhava poderes para definir os sistemas de trabalho das formigas, os horários do canto da cigarra e até altura do vôo dos mosquitos.
Em todas as eleições duas forças polarizavam a intenção de votos. Tinha o grupo dos insetos que votavam na Lagarta e o grupo dos insetos que votavam na Borboleta.
Desde a primeira eleição, a Borboleta sempre foi eleita, deixando os Lagartistas com raiva. Os insetos optavam por escolher a Borboleta como representante porque ela era vistosa, bonita, enquanto a Lagarta tinha um aspecto repugnante, com seus pelos saltando pelo corpo asqueroso e, apesar de ter boas idéias, nunca era eleita.
A Formiga, como Lagartista, não se conformava - Não é possível que estes insetos votem numa borboleta, só porque ela tem asas coloridas.
Já a mariposa não escondia sua admiração pela prima borboleta: - Ela é um luxo!!! Voto nela sempre!!! Minha vida está boa como está. Para que eu vou querer mudar?
Depois de várias eleições, os insetos cansaram-se da mesmice das Borboletas. Os insetos queriam algo novo, algo que mudasse a vida no brejo. Resolveram então que seria eleito a Lagarta. Finalmente, depois de anos, as Lagartas tinham chegado ao poder. Podiam agora expressar seus projetos para o brejo.
O brejo estava em festa, mas no dia da posse, algo tinha acontecido, a Lagarta havia se transformado numa Borboleta e assim, tudo continuou como antes.”
Nada de comparações, por favor!
Blogar é um ócio muito trabalhoso
Não poderia ter sido melhor. O assunto ganhou a dimensão que o problema tem, os comentários exasperados encheram os posts, as visitas subiram e em praticamente todos os blogs que visitei havia links para “os mesmos blogs”. Algum problema nisso? Pra mim não há nenhum.
O brasileiro reclamamos de tudo
2 - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.
3 - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.
4 - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentadura.
5 - Fala no celular enquanto dirige.
6 -Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.
7 - Para em filas duplas, triplas em frente às escolas.
8 - Viola a lei do silêncio.
9 - Dirige após consumir bebida alcoólica.
10 - Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.
11 - Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas.
12 - Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho.
13 - Faz gato de luz, de água e de tv a cabo.
14 - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.
15 - Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda para pagar menos imposto.
16 - Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.
17 - Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pede nota fiscal de 20.
18 - Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.
19 - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.
20 - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.
21 - Compra ou baixa da internet produtos pirata ou roubados, com a plena consciência de que os são.
22 - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.
23 - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.
24 - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.
25 - Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.
26 - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis.... como se isso não fosse roubo.
27 - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.
28 - Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.
29 - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.
30 - Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.
31 - Quando recebe troco a mais, fica quieto e não devolve.
32 - Finge que está dormindo para não ceder o lugar para os idosos ou deficientes.
33 - Joga lixo nas ruas quando não está sendo observado.
34 - Vende o carro para desmanches ou receptadores e dá queixa de furto.
35 - Adultera combustíveis, alimentos e remédios...
Como eliminar os trolls inconvenientes
Como se tornar o pior aluno de sua escola


É mole?
Nem tudo é mau quando copiam os posts?
Nessa manhã, um título muito sugestivo apareceu no meu leitor de feeds, leia-se, GReader. O artigo publicado no blog “O blog do dinheiro” dizia que “Nem tudo é mau quando nos copiam os posts”. A princípio, imaginei que seria mais um daqueles artigos que falam sobre assinar feeds ou de como os links internos podem pegar de calça curta os desavisados copiadores de posts. Não foge muito disso não. Estamos já acostumados a comentários no Twitter acerca de posts de “nossos blogs” que foram copiados por outros. Normalmente se faz uma fogueira santa e o kibador sofre um ataque em massa de agulhas, se torna maldito no meio e no fim das contas, sabendo que não somos flor que se cheire, acaba fechando o blog ou, no mínimo, tirando a postagem. Há, no entanto, quem não ligue pra isso. Eu, até certo ponto, não ligo. Tudo bem que o que publico não é assim tão original, pois se ainda não foi escrito, por alguém, é, no mínimo, senso comum, chavão, clichê. Mas há quem passe tempos pesquisando e escrevendo o que publica nos blogs.
Vejam os pontos levantados pelo post que deu origem a essa viagem que você lê agora.
“… será muito difícil, ou mesmo impossível, uma copia de um dos meus posts indexar melhor que o post no meu blog…”
Estranho isso. Lembro-me de, recentemente, vermos posts de um kibador ocupando um lugar de destaque maior que os posts da autora original. Lembram-se do caso da Juliana Sardinha e do kibador que se gabava de ganhar centenas de dólares apenas com plágio?
“… O que acaba por acontecer é que este tipo de blogs nunca indexa bem nos motores de busca para qualquer pesquisa, e o seu autor depressa abandona este método de ganhar dinheiro para passar a outro.”
Discordo. Se eu copio algo de alguém e não faço esforço nenhum para isso, abandonaria um recurso que um dia pode vir a render-me algo? Não acho que alguém tenha a ideia falsa de que do dia pra noite conseguirá se manter apenas com o dinheiro oriundo dos blogs. Mesmo quem hoje vive disso já passou pela experiência de não ganhar mais que um dólar por dia.
“… a realidade é que o Google faz um trabalho relativamente bom em identificar qual é a fonte original, mesmo quando não há um link de quem copia para o conteúdo original…”
Este post, já citado anteriormente, mostra o contrário.
Aí é que vem o ponto em que o Custódio elenca as “vantagens” de ter um post copiado:
- Links para o nosso blog
- Links de afiliados
- Mais visitas
Nos três casos, as vantagens estão condicionadas à permanência de links do nosso blog dentro do artigo plagiado. Confesso que não penso assim. Quem copia um post na íntegra demonstra uma falta de inteligência danada. É inegável que o mau caráter irá copiar, mas retirará os links do artigo original e, se for um pouquinho competente, mudará o texto de forma que não seja reconhecido pelos motores de busca como se fosse o mesmo artigo. Se isso é difícil? Vejamos como copiar um post sem ser pego:
1- Peguemos um post qualquer. Escolhi o sugestivo “Plágio é atestado de burrice”, escrito brilhantemente pela Emmanuele Najjar. Nele, encontramos o seguinte trecho:
“Lembra daquilo que os mais velhos costumam dizer? Que roubar é feio? Isso não é coisa de gente chata. Eles estão certos. Quer conquistar um espaço? Trabalhe por ele. Os resultados podem demorar, mas eles sempre surgem. E de qualquer modo não é com plágio que se consegue relevância. Ctrl+C e Ctrl+V em quem tem destaque não é garantia de sucesso e sim de incompetência. Quando descoberto não resta grandes motivos para ter orgulho. Todo mundo sabe que na Internet, algo que não falta é pedra pra jogar.
Perfeito, não? Vamos ao próximo passo.
2- Saiba um pouco a respeito de sinonímia e gaste algum tempo com um dicionário. O blog Análise de Textos pode ajudá-lo nisso.
3- Reescreva o mesmo texto usando expressões semelhantes. Veja o resultado:
Não é segredo para ninguém e isso tem sido dito pelas pessoas de mais idade desde que éramos pequenos: roubar não é correto. Quem quer crescer em qualquer área deve se dedicar, pois ainda que os resultados não apareçam como que por mágica, em algum momento, se tudo for feito corretamente e com perseverança, será reconhecido. Ninguém, em tempo algum conseguiu reconhecimento copiando deliberadamente a criação de outros. Além disso, não é apenas o texto, por mais que se diga que o conteúdo é fundamental, que garantirá o sucesso de um blog. Layout, divulgação, SEO, tudo coopera para o sucesso de algo na internet. Por fim, quem copia, se for pego, perderá o trabalho de algum tempo, pois sempre haverá alguém que reconhecerá o que foi copiado e aí o melhor será mesmo trocar de nickname, pois estaremos de olho.
E então? Reconhecem o texto da Manu? Eu sim, até porque fui eu quem copiou. Reparem que não retirei um link que havia no trecho que copiei dela, pois queria mostrar que isso pode acontecer e você será pego.
Preciso dizer mais alguma coisa?
Judiarei de você se me denegrir

Vejam, por exemplo, que usamos palavras e não atentamos para seus significados. É certo que você já disse algo parecido com isto:
judiar: fazer com os gatos aquilo que os nazistas fizeram com os judeus?
denegrir: tornar sua reputação como a de um negro, enegrecer?
É certo que viajo na maioria das vezes, mas já está torrando essa conversa em torno do politicamente correto. Está torrando. O Fernando que o diga.
Como fazer amigos e influenciar pessoas
Você faz parte desta corja?
Numa breve discussão com um amigo a respeito de como a natureza fala mesmo sem ser dotada de linguagem, chegamos ao ponto em que concordamos:
Os animais são dotados de instinto.Os humanos são dotados de intenção.
Isso levou-me a pensar numa tal corja de blogueiros que replicam conteúdo. Nem falo aqui dos casos descarados de plágio. Falo daqueles que blogam mecanicamente. É como dirigir um carro. No início pensamos no que faremos. Após algum tempo, a prática faz com que essas ações sejam mecânicas.
Não me venham dizer que um post como este não é dotado de intenção. O que o diferencia é que ele não é dotado de intenções permissivas, pois pretere a discussão, a argumentação em nome dos cliques, do rendimento.
Dizer que me preocupo com isso pode dar margem aos propagadores de #mimimis que logo dirão que afirmo isso por pura inveja já que eu gostaria de ganhar dinheiro com o blog, mas não consigo. Digo, em relação a isso, que desejo que na hora de dormir você sonhe que está tendo uma noite de amor com o Alexandre Frota.
Pensar sobre o que se escreve dá trabalho e pode trazer problemas para o redator, mas é um preço que vale a pena pagar. Você, como eu, está disposto a ser superficial?
P.s.: estou a ponto de queimar a língua, mas não tenho de dar satisfações a ninguém, né?
Bandeira branca amor…
No meu tempo
No meu tempo…
- As pessoas não morriam de AIDS como agora;
- O top 10 das rádios tinha Legião, música inédita de Michael Jackson;
- O Fantástico não era essa droga que é hoje;
- O Alberto Roberto me fazia rir horrores;
- Não precisávamos de tantas explicações para evitar mal entendidos com os amigos na internet;
- Vingança de namorado era contar os segredos dela na roda da cerveja e não expor as fotos do dia em que foram ao motel;
- Briga de torcida era tirar onda com os amigos no trabalho;
- Eu pedalava 50 Km e ainda empurrava meu primo no final do percurso;
- Eu namorava alguém que morava a 450Km e achava isso normal;
- Eu não pensava em ter filhos;
- Eu reprimia meus desejos;
- Ei via meu amigo tomar reguada na cabeça e achava um ato normal do professor.
A disciplina era mais rígida.
E você? Do que sente falta?
Consumo sustentável é mesmo o ó?
Desculpe se te machuquei por dentro
Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.
Por isso decidiram se afastar uns dos outros e começaram de novo a morrer congelados.
Então precisaram fazer uma escolha: ou desapareciam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.Moral da História: O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades.
“Credibilidade não se conquista somente por competência e talento, mas também por maturidade.”
Voltando à “fábula”, é preciso que tomemos consciência de que para convivermos, muitas vezes, vamos nos ferir, mas é necessário tudo isso. Invariavelmente, como já disse por aí, me magoo com algumas coisas que pessoas a quem sigo falam no Twitter. Isso, no entanto, não me impede de continuar conversando com eles. Consigo lidar com essa quebra de expectativas que construo em volta de cada um. Fica, no entanto, a pergunta:
Como você age quando é contrariado?
Big Brother 7

- Homens: preocupados em ver as gostosas do programa, adoram quando o circo pega fogo.
- Mulheres: analizam cada participante, torcem pelos desfavorecidos socialmente (lembram-se da Cida, Agostinho...) e ainda telefonam no dia do paredão.
Curioso como sou, vi as participantes do BBB 7. Está curioso também, clique aqui.
P.s.: mulheres, não deixaria vocês na mão. Vejam aqui, os peludos do BBB 7