Um dia a liberdade bate à porta

fuga

O pássaro é livre
na prisão do ar.
O espírito é livre
na prisão do corpo.

De Carlos Drumond de Andrade.

Cinco frases que todo professor odeia ouvir

Professores são humanos. Foi-se a época em que os alunos imaginavam as salas de professores como um santuário envolto em segredos. Foi-se a época em que o magistério era visto como vocação nata e na qual o professor trabalhava de forma exclusiva em apenas uma escola. Hoje as relações são muito mais agressivas, há um estresse latente em todas as salas de aula, professores tiram licenças por estarem esgotados e por dividirem-se entre muitos locais, alunos reprovam ao após ano por não conseguirem assimilar o básico dos conteúdos. Em meio a tudo isso ainda vemos um tratamento ríspido entre as partes. Pensando nisso, apresento cinco frases que a maioria dos professores odeia ouvir. Todas estão devidamente comentadas ao sabor de duas neosaldinas e uma xícara de café expresso.

Ser velho aos 34

“Envelhecer é cansar-se de si mesmo.”

Sim, ontem foi meu aniversário. A despeito da jovialidade que aparento ter, meu coração já não funciona bem, as pernas não aguentam mais 2 horas na mesma posição como na época do Tiro de Guerra, não pedalo mais de Bauru a Agudos numa bicicleta aro 20… sim, meu leitor, eu envelheci.

evolucao-homem-2001 Envelheci, mas será que evoluí?

Não quero, no entanto, que você seja piedoso comigo afinal de contas a não ser pelos comentários que uns poucos amigos deixam aqui no blog, a maioria muda minha vida apenas naquelas frações de segundos em que olho, no e-mail, as estatísticas do Sitemeter.

Sim, ontem foi meu aniversário e diferentemente dos aniversários anteriores, este estava descendo atravessado na guela. São tantas coisas que já aconteceram (roubo do meu carro, semana de provas…) e tantas dificuldades em vista (documentação para o seguro) que chego a dizer que  as felicitações entraram por um ouvido e saíram pelo outro em alguns momentos. Não fiquem chateados com isso, pois é apenas uma fase difícil. Tudo está acontecendo como previ. Nas escolas cantamos parabéns e recebi os cumprimentos de alguns alunos. Fiquei um pouco constrangido com alguns elogios, principalmente daquelas que tinham segundas intenções voluptosas. Não me abalei, se é que isso também importa.

Você que me acompanha por aqui ou pelo Twitter, deve ter percebido que o blog está se tornando um pequeno diário virtual. Essa, eu acho, era a proposta inicial dos blogs. Com o tempo, o povo deixou de gravar as lamúrias e felicidades aqui e passou a pensar mais no dinheiro. Prova disso é a imensidão de propagandas explícitas e a quantidade ainda maior de publicitade velada.

O certo é que não poderia deixar de registrar meu contentamento com os cumprimentos que recebi dos amigos e até dos que me conhecem apenas por @rogeriobauru. Certamente, meu dia ficou menos pesado com a companhia de vocês.

Registro, por último, o post que a amada Iara fez para mim e para o Cidão por ocasião do nosso aniversário. Não tem preço que pague isso!

Eu sei, mas não devia...

De novo? Sossega, rapaz!
"Eu sei, mas não devia. Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e não Ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir as cortinas . E porque não abre as cortinas logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão."
Com esse diálogo, Marina Colasanti nos leva a uma reflexão interessante. "Eu sei, mas não devia" é a questão que me incomodou hoje. Depois de conversar com uma amiga, resolvi dar uma guinada e juntar os três blogs que eu tinha (Blog do Bauru, Encontros Fortuitos e Sem ImaginAÇÃO) em apenas um. Será assim de agora em diante. Perdão aos assinantes de feed. Vou tentar compensar essas mudanças de alguma forma. Aos poucos, como disse hoje no Twitter, a casa vai ficando em ordem.

Duas coisas que amo

Sou movido à cafeína. Isso é inegável. Minha semana e produtividade dividem-se em AC /DC, ou seja, antes da cafeína e depois da cafeína. Ver, por exemplo, a imagem abaixo me fez pensar numa utilidade maior para meu desktop que está encostadíssimo.

meu sonho de consumo

Minha saúde, no entanto, tem mostrado que excesso de café pode ser prejudicial. Não só pelo que o Biosofia diz, mas também porque a sensação de que você só é produtivo após a primeira xícara cria a falsa impressão de que ele é necessário.
Claro, beber café demais também pode ter outros efeitos colaterais.
Tinha um primo do Manuel que há muitos anos sofria de um mal singular. Era só tomar um gole de café e já sentia uma forte pontada no olho esquerdo. Não havia remédio que o curasse. E olha que ele adorava café. Até que um dia, um médico, amigo da família, o aconselhou:
— O, Joaquim! Por que não experimentas tirar a colherinha de dentro da xícara?

O que é que um bauruense tem a dizer?

Pouca gente se lembra de que foi num 13 de maio que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea. Discussões democráticas à parte, é uma data significativa para todo aquele nasceu nessa terra que, um dia, foi descrita como "aquela e que tudo que se planta dá". Hoje, o que se dá por aqui é outra coisa. Sejam os jogadores que exportamos, sejam os maus exemplos que damos, temos sido provedores de coisas boas e más. Espero que este blog não se encaixe na segunda categoria. Boa leitura para vocês, meus amigos corajosos.
Pra recordar da data, Caetano canta "13 de Maio":
Dia 13 de maio em Santo Amaro
Na Praça do Mercado
Os pretos celebravam
Talvez hoje inda o façam)
O fim da escravidão
Da escravidão
O fim da escravidão

Tanta pindoba!
Lembro do aluá
Lembro da maniçoba
Foguetes no ar

Pra saudar Isabel
Ô Isabé
Pra saudar Isabé

O que é que um bauruense tem a dizer?

Pouca gente se lembra de que foi num 13 de maio que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea. Discussões democráticas à parte, é uma data significativa para todo aquele nasceu nessa terra que, um dia, foi descrita como "aquela e que tudo que se planta dá". Hoje, o que se dá por aqui é outra coisa. Sejam os jogadores que exportamos, sejam os maus exemplos que damos, temos sido provedores de coisas boas e más. Espero que este blog não se encaixe na segunda categoria. Boa leitura para vocês, meus amigos corajosos.
Pra recordar da data, Caetano canta "13 de Maio":
Dia 13 de maio em Santo Amaro
Na Praça do Mercado
Os pretos celebravam
Talvez hoje inda o façam)
O fim da escravidão
Da escravidão
O fim da escravidão

Tanta pindoba!
Lembro do aluá
Lembro da maniçoba
Foguetes no ar

Pra saudar Isabel
Ô Isabé
Pra saudar Isabé

Promessas de Ano Novo

Todo ano é a mesma coisa. Frases feitas e promessas sem conteúdo e, muito menos, veracidade. Entrar na academia, ler mais, não ligar para os que contendem comigo, desprezar os que me desejam mal... a lista é enorme e em muitos blogs pode-se encontrá-las. Mas o que há de verdade nas promessas? Não devemos fazê-las? Não! Todo final de ano, vejo meus conhecidos dizendo que não cumpriram nem uma pequena parcela delas. Tudo isso faz parte de um mal muito maior. Faz parte de uma questão ética mesmo. Não cumprimos as promessas feitas, sejam elas grandes, pequenas, ínfimas. Não cumprimos, pois temos a consciência de que não seremos cobrados. Quer ver como o mal é ético? Atrevo-me a fazer uma lista de promessas falsas difíceis de cumprir:

1 - Escreverei, no mínimo um post por dia;

2 - Não insistirei em relações desgastadas pela desconfiança;

3 - Guardarei um pouco mais de dinheiro;

4 - Cuidarei mais de meu corpo;

5 - Manterei minha saúde espiritual fugindo daquilo que sei que me faz mal;

6 - Dividirei, proporcionalmente, meu tempo entre o computador e estudos;

7 - Não comprarei nada para meu computador.


Certamente, será possível cumpri-las na íntegra, mas... aí estão.
Cobrem de mim no final de ano os resultados.

Ano novo, vida nova...

Quantas foras as vezes que ouvi essa frase? Chavão, lugar-comum... não sei dizer, mas preso ao bucolismo de minhas férias, nego-me a dormir, pois assim aproveito um pouco mais cada momento de ócio.
Ano novo é momento de pensar em fazer as coisas diferentemente da maneira como já foram feitas. Começar novos relacionamentos, restaurar os antigos... palavras vêm à mente, mas nego-me a concordar com elas...
Carpe diem... perdoe... fidelidade... suma... mate...
Não, não concordarei com nenhuma delas, mas este é o primeiro post desse novo blog. Perdi a conta dos que já criei, mas como disse, ano novo, vida nova.

(...)
O espaço é bucólico, os dias são atemporais, as vontades... todas feitas ... e nesse novo-velho-mundo-desejável, crio-me novamente, pronto para desestruturar tudo que já fui e que desejo ser...
Imagino-me seguindo um conselho virtual (Fernando, uso a palavra e não estou nem aí!) deixar-me-ei vagar pelo indissociável, pelo efêmero...
Saddam foi morto, Bush confunde força com forca... os brasileiros dominam a São Silvestre e não consigo tirar a "História do cocô" de minha mente... o contra-baixo é muito bom!