Desculpe se te machuquei por dentro


Algumas histórias que rodam pela internet são constantemente confundidas com fábulas. Estas são textos que usam animais como personagens os quais possuem características humanas. É uma narrativa inverossímil, com fundo didático. Por ser atemporal, pode ser aplicada às diversas épocas e contextos. Veja, por exemplo, o caso da “fábula do porco-espinho”. Dito isso, vamos ao textículo:
Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor. 
Por isso decidiram se afastar uns dos outros e começaram de novo a morrer congelados.
Então precisaram fazer uma escolha: ou desapareciam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.
Moral da História: O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades.
Primeiro que esta história não é uma fábula, mas isso nem é o mais importante. Temos visto, nos últimos dias, casos de convivência atribulada na internet.
“Credibilidade não se conquista somente por competência e talento, mas também por maturidade.”

Voltando à “fábula”, é preciso que tomemos consciência de que para convivermos, muitas vezes, vamos nos ferir, mas é necessário tudo isso. Invariavelmente, como já disse por aí, me magoo com algumas coisas que pessoas a quem sigo falam no Twitter. Isso, no entanto, não me impede de continuar conversando com eles. Consigo lidar com essa quebra de expectativas que construo em volta de cada um. Fica, no entanto, a pergunta:

Como você age quando é contrariado?

8 comentários

Eu tb me magoo com algumas coisas que pessoas a quem sigo falam no Twitter.

Ilana

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Ilana, quando falo em mágoa, é mais no sentido de decepcionar-se e não em guardar tristeza. É ruim, pelo menos pra mim, ver valores que tanto prezo serem usados em piadinhas. Mas reafirmo o que disse no texto. Tudo depende o quanto isso te afeta.

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Está virando emo, meu amigo? :o)
Faz que nem eu, nem dou bola, e se me encher muito o saco, eu "blocko"!

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Virando emo, Cidão? Nada disso. Já liguei o VTNC faz muito tempo. Esse negócio de gradar aos outros é muito chato quando "os outros" levam a Lei de Gérson às últimas consequências.

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"Desculpe se te machuquei por dentro" isto é um titulo de filme porno?

Acho que não lido da melhor forma quando sou contrariado, sempre tento demonstrar a razão por A mais B, mas ao final reconheço críticas e argumentações se sentir que a pessoa o fez por sinceridade e não para me irritar.

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Conseguir perceber isso, meu caro Hugo, é que é o difícil. A maioria não lida bem com as críticas. Me encontro nesse grupo, mas a internet me possibilita algo que a vida offline não tem: block, delet, sair da internet. Se me incomodo, simplesmente ignoro. Se estiver num daqueles dias em que falta pouco pra xingar a mãe até tento responder, mas acho que a ironia e o sarcasmo são tão grandes que nem eu consigo perceber isso.

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Tolerância. Exercício da tolerância. Até onde der, é claro.
Pratico boxe, posso afirmar que tão importante quanto saber bater é saber apanhar.

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O ser humano tem uma enorme dificuldade de receber feedback - às vezes, a gente não sabe lidar nem com feedbacks positivos, fica sem graça, solta um "imagina, que é isso".

A avaliação de desempenho aqui no meu trabalho é um bom exemplo. Eu já parei de dar feedbacks de aprimoramento para os colegas, porque isso dá a MAIOR confusão, por mais que seja com carinho e na boa intenção.

Eu, com todo o meu perfeccionismo, também tenho dificuldade - embora eu goste de receber feedbacks fundamentados e generosos, porque me ajudam a refletir e a buscar ser uma pessoa melhor. Inclusive, mobilizo situações para pedir feedback aos colegas e ao chefe.

Por outro lado, quando falam mal de mim, interpretam minhas ações de forma errada, me julgam mal, fico muuuuito chateada. Dependendo da pessoa de quem vem, chego a chorar. Bobeira, porque o meu auto-conceito deveria me bastar. Nem sempre basta.

Mas sabe de uma coisa? Eu também prefiro os espinhos.

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