De onde veio aquela expressão que o povo diz?


Divirto meus alunos da Suplência quando conversamos sobre a origem de algumas expressões. Quando falo do significado das palavras “parabéns” e “embora” surge um brilhinho paco nos olhos deles. Passa bem rápido e aí lanço mão de algumas das expressões que elencarei abaixo. Não sei a origem do texto original (prolixo é a mãe). Achei cópias em muitos sites, por isso… Vamos ao texto:

Pernas Torneadas coxas Já pensou uma telha feita nessas coxas?

NAS COXAS 
As primeiras telhas dos telhados nas casas aqui no Brasil eram feitas de argila, as quais eram moldadas nas coxas dos escravos. Como os escravos variavam de tamanho e porte físico, as telhas ficavam todas desiguais devido os diferentes tipos de coxas. Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito.

VOTO DE MINERVA
Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os acusados. Coube à deusa Minerva o voto   decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.

CASA DA MÃE JOANA
Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária  se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.

CONTO DO VIGÁRIO
Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro. O negócio era o seguinte: Colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.  (coisas de vigário!...) 

FICAR A VER NAVIOS
Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios. 

NÃO ENTENDO PATAVINAS
Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua , ou  Padova, sendo assim, não entender patavina significa não entender nada.

DOURAR A PÍLULA
Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar o aspecto do remedinho amargo. A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.

SEM EIRA NEM BEIRA
Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana.

O CANTO DO CISNE
Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. A expressão canto do cisne representa as últimas realizações de alguém.

É isso, agora você já sabe de onde veio aquela expressão que sua avó falava e você nem imaginava de onde teria vindo. Matei a cobra e mostrei o pau, não é?


2 comentários

E eu que pensava que essa coisa das coxas tinha um denotacao muito mais mal feita hauieheheioeihoeuihioeheoieh

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Hugo, há uma outra explicação para a expressão "feito nas coxas", mas é muito mais sacana e difícil de se acreditar. Vou escrevê-la aqui esta semana. Obrigado pelas visitas frequêntes, amigo.

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