Quem aí tem telhado de vidro?

“E finalizando, hoje é o aniversário do professor Rogério Bauru. Quem me acompanha (acompanhava, ando sumido de lá também) no Twitter sabe o meu medo em conversar com ele e sair falando bobagens e palavras erradas. Pra você, meus parabéns! Sim, sou sucinto.”

O trecho acima é do recente post do Felipe Xavier. Não entendo meus amigos. Eles entram num estado afetivo suscitado pela consciência do perigo baseando-se apenas na possibilidade de que eu os corrija, mas se esquecem de que erro mais que eles. Apenas por causa do rótulo de professor e por ter facilidade em encontrar erros nos textos dos outros, acabam ficando inibidos ao falar comigo. Quero, ou melhor, ordeno que alguém me mostre uma única vez que corrigi alguém publicamente. Não há. Já corrigi sim, amigos que pediam que eu falasse algo de seus posts ou que os avisasse se encontrasse algo muito errado.

Quem aí tem telhado de vidro? 

É interessante essa consciência de perigo que nos toma de assalto. Quero, no entanto, tranquilizar meus leitores dizendo que eu, sim, eu mesmo, também erro. Exemplo claro é o post em que contei as peripécias de um pai em tempo integral cujo título é “Ó pai ó”. Publiquei e fui interrogado algumas horas depois pela Ana Magal, dona do Profissão Jornalista. Veja o diálogo via MSN:

Ela: Rogério... o novo acordo ortográfico mudou também a forma de escrita das palavras?? hihi
Eu: kkkkkkkkkk// mudou apenas quando se fala em hífen
Ela: então pq no seu blog vc escreveu surpresa com Z e comeu o i do Adivinhem? haha// tava cansado mesmo... haha a filhota acabou contigo hem haha
Eu: vai saber
Ela: tinha que ser eu para te tirar do descanso pra te pertubar né haha
Eu: vou lá arrumar depois
Ela: é que tava lendo os blogs pelos feeds agora... hihi // hihi : Já havíamos combinado de passearmos de manhã. Tudo pronto e a primeira surpreza. O pneu do carro estava furado. // como eu perco o amigo, mas não perco a piada hihi
Eu: ahhh tá // valeu pelo aviso

Como podem ver, amigos, eu erro também. Quer ter certeza de que não é invenção minha, siga a moça lá no Twitter ou visite o blog dela. Tome, no entanto, cuidado, pois como podem ver, ela não perde a chance de corrigir um desavisado que cometa um erro no uso da Língua Portuguesa… principalmente se ele for professor de Português.