Aprendendo algo com a "Surfistinha".




Navegando entre meus arquivos preparando uma avaliação de Redação, deparei-me com um texto que guardava. O motivo eu nem sei, mas guardava. Li novamente e fiquei pensando no que ela disse. Resolvi pensar alto e escrever aqui. Vamos a mais um texto da série que nunca existiu aqui no blog: Textos comentados! Hoje, um relato da musa do Alexandre Frota, Bruna Surfistinha.
Pois é galera, foram três anos e 8 dias na putaria!!!
Carreira curta. Lembra-me a carreira dos jogadores de futebol. Semelhantes as carreiras são. Trabalham com bolas, dormem fora de casa e são a paixão maior dos brasileiros.

E estou aqui para me despedir de vocês como “Bruna surfistinha”!!
Nestes três anos, fui Bruna durante 8 meses, Fernanda por 4 meses e Bruna surfistinha por dois anos.
Me considero uma vencedora por ter passado por tudo o que passei sem abaixar a cabeça para nada e ninguém. E posso dizer que não foi fácil. Mas consegui!
Imagino como devia ser difícil seu trabalho. A carreira de professor também não é uma maravilha. Aguentar apelidinhos, mudanças de horário, vender-se por pouco dinheiro a despeito de todo investimento feito anteriormente. Aluno não é um ser fiel. Amam os professores, mas basta eles serem trocados para que a paixão mude de foco.
Comecei a fazer programa com 17 anos. Eu lembro que estava perdida na vida, insegura, não tinha nenhuma experiência sexual. Tudo o que aprendi sexualmente falando, foi sendo prostituta.
Aprendi muito nestes últimos anos, coisas que muitas pessoas passarão a vida toda sem aprender, pois só a vida ensina.

Dizer-se perdida na vida antes mesmo de começar na profissão é uma postura corajosa. Sobre passar a vida sem aprender algumas coisas, passo a vez. Ouvi dizer que já existe o Kama Sutra pra nos ensinar. Na verdade, basta ligar a tv na novela das 20h ou virar a madrugada vendo a Band.
Longe dos meus pais, com homens estranhos na cama, tive que cheirar sacos fedidos, ainda tive que enfrentar invejosos de plantão, assim como, a hipocrisia e o preconceito na sociedade. Este foi o “lado negro” que enfrentei.
Essa descrição dá a noção exata do tipo de público que ela atendia. Não comento o resto porque vou ali vomitar.
Conheci muitas pessoas bacanas, amigos que guardarei no meu coração para sempre e que jamais deixarei de manter contato, conheci o Pedro – o amor da minha vida , ganhei muito dinheiro mas mais do que isso, recebi muito carinho e credibilidade. Este foi o lado bom da história.
Amigos? O dono da farmácia, a mulher do teste de AIDS, o manobrista... Maravilha é ter conhecido o rapaz citado aí. Só não pode deixar de mencionar que ele era casado na época, né? Eu sei que você não tem culpa disso, eu sei. Por último, disse mesmo credibilidade? Gostaria de saber como é isso. Tem um ranking?
O dinheiro nunca foi fácil, foi apenas rápido...
Se o nome disso. É rapidinha, né? Já tive um coelho e ninguém ganhava dele desse quesito.
Valeu a pena????
Depende em qual sentido. Mas se eu colocar tudo numa “balança”, não valeu.
Só você poderia responder, né? Nesse aspecto o sentido influencia muito. Há quem goste de ficar por cima, há quem goste de ficar por baixo. Já você, sei que não tinha como escolher, né.
Um dia quero poder rir do meu passado.
Pode rir conosco.
O segredo para não abaixar a cabeça foi ter esperança. O segredo para ter tido sucesso, foi ter coragem.
Fala a verdade, o segredo é sim baixar a cabeça. Coragem nós já sabemos que teve, vide o comentário no início do texto.
Nunca tive vergonha, assumi de cara limpa. Reafirmo que nunca ninguém pagou as minhas contas, o corpo é meu e a vida é minha. Ter vergonha do quê então?
Passo! Você tem razão.
Nunca me senti como uma prostituta, quem me conheceu sabe o que estou querendo dizer. Digo que fui uma namoradinha de aluguel.
Amo eufemismos. Um outro é "eu não era puta, era apenas uma modelo que descansava durante o dia".
Interpretei muito bem a minha personagem e sempre consegui separar a profissão da minha vida pessoal.
O que falta para se tornar uma artista global.
Para mim, ser prostituta foi como se eu fosse uma atriz onde eu interpretava uma única personagem: a Bruna surfistinha. Eu me sentia como se estivesse num teatro: onde eu era a protagonista, o palco era a cama, o figurante era o cliente e a platéia não existia.

Não disse? Está explicado o porquê dela ter se tornado escritora. Manipula a língua como ninguém. Eufemismos ela já mostrou que sabe usar.

Eu gostava de fazer programa, preciso reconhecer isso. Imaginem, comecei a fazer programa com 17 anos, justamente quando os hormônios estão à flor da pele!!! Mas quando completei 19 anos, juro que cansei. Mas nunca quis demonstrar isso, pois eu precisava vender o meu peixe, fazer marketing, publicar o meu trabalho para ganhar dindin.

Estranharia se lesse coisa diferente disso. Creio que qualquer profissional que esteja lendo meu blog já disse algo muito semelhante a isso. Bom, vamos deixar essa última parte de lado. Tenho confiança no ser humano, na conversão dele. Entenda conversão como mudança de rumo e não como adesão a alguma religião. Já falei disso no meu antigo blog. Noutro dia volto aqui e falo sobre as dicas para que seu marido, minha leitora, nunca procure os serviços de alguém como era a protagonista do pos no início da carreira.
P.s.: vejam que falei apenas da personagem "Surfistinha". O que a moça, que tem mais livros publicados que lidos, faz hoje não me interessa.

3 comentários

Sarcástico e irônico ao mesmo tempo, Rogério! E pode ter certeza, ela ainda vai ganhar um programa de TV e vai dar conselhos sexuais para os casais.

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crazyseawolf, não duvido, não duvido mesmo que isso venha a acontecer. A julgar pelo que já há na tv, ela terá de fazer demonstrações ao vivo pra que haja algum diferencial.

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A formula do sucesso é algo que eu não conheço.

Vai ver que é porque eu não a entendo....

'Nunca me senti como uma prostituta, quem me conheceu sabe o que estou querendo dizer. Digo que fui uma namoradinha de aluguel'.
Adoooooooooro os subterfúgios que as pessoas usam pra justificar o que elas tentam não reconhecer.

Políticos e assaltantes também fazem muito isso.

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