Essa é do Vale...


Toshiro ocupava uma posição estratégica numa empresa de tecnologia na cidade de Taubaté (SP) e, aproveitando um feriado prolongado, foi dar uma esticada nas boates da Liberdade, bairro japonês da Capital. Por volta da meia noite, agarrado com duas gueixas e com a cabeça cheia de saquê, uma chamada celular. Era o superintendente da empresa.
- Toshiro, deu pau no sistema principal e estamos precisando de você para dar um jeito nisso!
- Mas chefe, o senhor me autorizou o fim de semana prolongado... Estou no meio de uma recepção e meio "alterado".
- A autorização está cancelada e trate de curar o porre durante a viagem. Se não chegar ASAP (as soon as possible), pode esquecer o emprego.
E desligou...
Bêbado e desesperado Toshiro foi para a rodoviária comprar passagem para Taubaté. O guichê estava fechado e só abriria às 5 da mahã. Desgraça!!! No meio do desespero alguém sugeriu que comprasse uma passagem para o Rio de Janeiro e que pedisse ao motorista para deixá-lo na entrada de Taubaté, na via Dutra. Seria a salvação! Um ônibus sairia para o Rio em dez minutos, comprou a passagem e falou para o motorista:
- Eu preciso descer na entrada para Taubaté. Estou num fogo danado mas queria que você me acordasse de qualquer jeito. Eu vou gritar, xingar, mas é o porre. Me jogue fora do ônibus de qualquer maneira; não posso perder emprego. Toma vinte reais pelo favor. Isso feito, Toshiro se afundou numa poltrona e desligou. Acordou com o sol batendo na sua cara e o ônibus na avenida Getúlio Vargas, pleno centro da cidade do Rio de Janeiro. Ficou p. da vida, xingou o motorista, desceu do veículo alí mesmo e continou o escarcéu na calçada, enquanto procurava uma solução. Uma senhora que passava comentou com o motorista do ônibus:
- Nossa! Como é sem educação esse japonês...
E o motorista:
- Esse não é nada. A senhora tinha que ver um que eu deixei em Taubaté...

Postar um comentário

Os comentários deste blog são moderados.