Por que tenho um blog?


Motivado por um questionamento que vi no excelente Luz de Luma, me postei em frente ao teclado quando ainda faltavam 15 minutos para seis da manhã de uma quinta-feira nublada em Bauru. Foi nesse horário que li o post da Luma. Regado a uma grande xícara de cappuccino, pensei no dia em que criei o que eu chamo de meu primeiro blog pessoal. O nome dele era Encontros Fortuitos. O nome, inspirado numa conversa que tive com Mariana nas férias de final de ano em Bauru surgiu quando ela, de forma despretensiosa me disse:

“São Paulo é legal porque promove diversos encontros fortuitos com pessoas que há muito não víamos”.

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Isso soou como poesia e levou-me a pensar que seriam muitos os encontros fortuitos que ocorreriam em meu blog. Era janeiro de 2007 e de lá pra cá não parei mais. Não me lembro, por exemplo, de uma postagem que tenha feito com que eu sentisse o desejo de blogar. Tempos depois, buscando maneiras de blogar melhor e de dar uma cara pessoal ao meu espaço, cheguei ao Usuário Compulsivo e achei, de certa forma, um motivo para ter um blog: criar uma memória digital do que eu encontrava na internet.

Sim, é o que podemos chamar de plágio amenizado. O que  recebia dos milhares de grupos de que participava no Google, ou de discussões nas comunidades de Língua Portuguesa no Orkut eu acabava trazendo para o blog.

Conheci outros blogs, me emocionei com muitos, fiz boas amizades e colecionei traumas dos quais quero definitivamente esquecer.

Hoje mantenho o Análise de Textos entre outros blogs. Alguns com uma veia profissional servindo como ponto de apoio para meus alunos, outros como tentativas “QUASE frustradas” de ganhar dinheiro com o tempo que fico em frente ao PC. Fato é que gosto de blogar. Gosto de expor meu pensamento em alguns momentos e hoje posso dizer que me preocupo bem menos com o fato de receber poucos comentários. Talvez seja porque tenho dado mais atenção a uns seletos amigos no MSN e esteja falando tão pouco nas redes sociais como o Twitter.

Hoje em dia, digo que leio pouco do que escrevem alguns blogueiros. Bani da minha lista de leitura certos blogs por antipatia mesmo, mas passei a ler outros pela afinidade encontrada em outros lugares.

Dentre esses blogs que entraram na minha lista de leituras diárias destaco alguns e coloco os motivos pelos quais os leio:

Animando-C: o blog da Ana Flor apareceu na minha vida num momento de grande necessidade. Para quem não conhece, o Animando-C trata de forma leve uma doença que é chamada de silenciosa: Hepatite C. No ano passado, tomei conhecimento da doença de um amigo muito querido e este blog ajudou-me demais na orientação e até apoio de que este amigo precisava. Digamos que foi um bálsamo na vida dele. Mais recentemente soube que outra pessoa próxima é portadora da Hepatite C e coisas assim acabaram me aproximando mais da leitura integral do Animando-C.

Luz de Luma: sou fã de carteirinha do blog da Luma. Já disse isso pra ela, mas registro aqui que não me lembro de ver alguém escrevendo tão bem e tão engajada em questões sociais que passam despercebidas pela maioria das pessoas. Além da inovação nas postagens, dos textos sempre coesos e coerentes com a realidade, encontrei no Luz um ponto de apoio para saber o que acontece na blogosfera. Foi assim, por exemplo, que soube da blogagem coletiva para o Outubro Rosa e também do projeto no qual esquecíamos um livro num local público. Enfim, esta postagem que você, pacientemente, lê agora foi resultado da leitura que fiz hoje no Luz.

Usuário Compulsivo e Mundo Blogger: coloco nesse item dois blogs que me socorrem quando preciso de algum tutorial para blogger. Gosto de lembrar sempre de duas passagens ditas pelo Compulsivo. Uma delas é a frase recorrente de que o blog é a memória virtual do Usuário Compulsivo e a outra é que se ele fosse usar tudo que ensina no blog o template pareceria uma árvore de Natal. Não é exatamente com essas palavras, mas são duas coisas que “meio que norteiam” meus templates hoje. Já o blog da Clau tem, ultimamente, me socorrido sempre que preciso implementar algum hack ou então customizar e dar uma cara mais pessoal aos meus blogs.

Muitos outros que me ajudaram nos últimos tempos poderiam ser citados aqui, mas por questão de espaço e tempo, visto que as galinhas já estão esperando a comida lá no quintal e o sol já desperta no colo do leste, deixarei para citar noutras oportunidades.

Por fim, agradeço mais uma vez ao Luz de Luma pelo “convite indireto” para fazer este post. Repasso agora para vocês as perguntas finais do post que originou esse:

  • Como foi o início de sua vida blogueira e por que você decidiu ter um blog?
  • Se ainda não tem um blog e pensa em ter um, qual o motivo desse desejo?

Manifestem-se nos comentários!


3 comentários

Outro dia com mais tempo eu conto minha historinha.

Sinto um pouco sua falta no Tuiter, professor. Talvez meus blogs entraram no roll dos "antipáticos", mas continuo observando seus escritos com admiração.


Forte abraço, meu caro.

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Olá Bauru

Gostei muito desse texto e conhecer como surge um blogueiro, que na maioria das vezes surge de forma despretenciosa e a brincadeira vai ficando séria e depois notamos que a forma de blogar se difere demais da inicial.

Gostei da ideia e vou escrever sobre isso também porque alguns leitores tem curiosidade sobre isso e registrar ajuda-nos a guardar a memória do que fomos e do que somos.

Um 2011 cheio de excelentes postagens! Amém! :)

Um Abraço

@anakint

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Estou com o seu blogue aberto desde a hora que li o tweet sobre a postagem e somente agora pude ler o texto completo. Me envaideço com as suas palavras, ainda mais porque vem de alguém que admiro. Um blogue não se cria, ele se transforma! Se ele não se transformou, é porque não modificou a alma do editor.
A gente se bloga por aí, Professor!

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