O texto chárgico caracteriza-se por transpor para a imagem aspectos interessantes do texto verbal. Um deles é a intertextualidade:
Intertextualidade: substantivo feminino
Rubrica: literatura.
1. superposição de um texto literário a outro
2. influência de um texto sobre outro que o toma como modelo ou ponto de partida, e que gera a atualização do texto citado
Ex.: Mensagem, de Fernando Pessoa, apresenta i. com a épica camoniana
3. utilização de uma multiplicidade de textos ou de partes de textos preexistentes de um ou mais autores, de que resulta a elaboração de um novo texto literário
4. em determinado texto de um autor, utilização de referências ou partes de obras anteriores deste mesmo autor
Rubrica: literatura.
1. superposição de um texto literário a outro
2. influência de um texto sobre outro que o toma como modelo ou ponto de partida, e que gera a atualização do texto citado
Ex.: Mensagem, de Fernando Pessoa, apresenta i. com a épica camoniana
3. utilização de uma multiplicidade de textos ou de partes de textos preexistentes de um ou mais autores, de que resulta a elaboração de um novo texto literário
4. em determinado texto de um autor, utilização de referências ou partes de obras anteriores deste mesmo autor
A definição do Houaiss nos leva a entender que intertextualidade nada mais é que a retomada de um texto, imagem, estrutura ou modelo anteriormente produzido. Essa retomada pode ser explícita como no caso das paródias, ou implícita como quando são necessárias associações mais sutis.
Veja o exemplo usando os quadros do pintor Edward Munch:
O original
Vejam agora algumas obras que fazem referência direta ao quadro do impressionista.
Por esses motivos, a charge não pode ser vista como um texto isolado da realidade, um texto com limites bem definidos, mas sim como um objeto que traz em si intersecções com outros textos. Seu significado depende disso, desses cruzamentos de significados que podem ser verbais ou não-verbais. Decorrente dessa discussão, surge um outro conceito a ser estudado num futuro post: Polifonia.
4 comentários
Muito bom o post.Realmente para se entender uma charge há a necessidade de conhecimentos afins,é por isso que alguns entendem e outros não:falta leitura intertextual.
ReplyObrigado, querida, como havia dito, trarei para cá as ideias que estariam num outro blog. Conto com sua ajuda, sua análise e comentários. Te adoro!
ReplyMuito interessante! Existem pessoas que não consideram a charge um tipo de linguagem interessante, mas apenas uma forma de entretenimento.
ReplyPra mim dá pra se ver muito coisa em apenas uma imagem, elas sempre tem relação com fatos cotidianos, o nesse caso, fazem menção a outras obras.
Lendária, concordo plenamente contigo e passarei a mostrar isso no blog. Esse tom carnavalesco presente na charge é perfeito para abordar fatos cotidianos com um pouco (muito) humor. Muito legal sua visita!
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