Tenho uma imagem formada de mim mesmo. Essa imagem que tenho de mim é nebulosa, obscura e volátil. Sim, a imagem que tenho de mim mesmo muda conforme as circunstâncias. Claro que o coro dos moralistas vai levantar a voz pra dizer o que é e o que não é certo. Estou pouco me lixando com o que vão dizer. As pessoas normalmente têm uma imagem de si mesmas, que pode corresponder ou não à imagem que as outras pessoas têm delas. Claro que até agora o meu texto é o mais chavão possível.
O fato é que tenho uma leve inclinação a gostar de pessoas que falem bem, pessoas simpáticas, expansivas e que sabem o valor de um bom papo seja lá a que horas ele ocorrer. O problema é que tenho um problema pra aceitar as coisas que são muito diferentes de mim. Poderia explicar, mas prefiro apenas pensar que não devo abrir mão de alguns valores se eu quiser que a amizade seja mesmo verdadeira. Quero perto de mim, apenas pessoas com as quais eu conviveria num ambiente diferente desse que é a internet. Exemplo disso? O @CaioLausi é um cara pra quem eu até emprestaria dinheiro. O futuro do pretérito no verbo “emprestaria” é intencional. Eu emprestaria se ele assinasse algumas promissórias e se deixasse o netbook dele como garantia de pagamento. Brincadeiras à parte, o fato é que crio expectativas demais e sei que algumas pessoas esperam muito de mim. Perdoe-me por decepcioná-los.
P.s.: um texto claramente contraditório, mas… quem liga? A maioria nem chegará ao segundo parágrafo.
11 comentários
Putz cara, gostei muito do seu texto e me identifiquei. Também tenho uma empatia grande por pessoas que falem bem e expressam o que pensam. Estou tendo problemas com isso atualmente, porque decidi começar a falar tudo o que penso, sobre tudo e sobre todos e as pessoas estão achando que mudei e que sou falso. Oras, danem-se eles. Firei fã do seu blog e passei a segui-lo. Por sinal, não achei um ling aí do lado de seguidores. To ceguinho. Mas sério, adorei o post. Você é da cidade de bauru também?
ReplyEu prefiro ser, essa metamorfose ambulante
ReplyDo que ter aquela velha opinião formada sobre tudo... ♫
Creio que vc tá certíssimo Bauru, eu também possuo uma imagem muito boa de mim mesmo, sem me importar muito (um pouco, Ok?) com a opinião alheia (mesmo que quase sempre ela seja muito satisfatória para mim, me relatam muito bem... [Modéstia Mode Off!])
Humm, tava precisando de uma graninha, mas não tem um netbook como garantia...
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Anderson Moreira.
Um post tipicamente emo, de um cara emo, que nao cansa de ser emo...
ReplyLi todo texto, ok? Agora pode parar de show Sr. Bauru ... =D
O fato é que sempre vamos decepcionar, então que o esforço seja o máximo para que a consciência nunca pese.
Tolerar é preciso, mas confesso que este exercício soa para mim como um incomensurável esforço, quase inatingível.
Tenho poucos amigos, poucas pessoas em quem confiar, mas não posso reclamar, temos o que aceitamos ou pertimos ter.
Enfim, faça a diferença e se marque nas pessoas que gosta.
Cara, acho que o Caio vai chorar, rs!
ReplyA expectativa sempre será inversamente proporcional à percepção. Aprendi isso dando treinamento de atendimento ao cliente. Por isso nunca podemos nos abalar com isso. Pois, poderemos sempre nos surpreender com algumas coisas que fazemos que nem damos tanto valor e que as pessoas admiram.
Temos que sair dessa paranóia do que as pessoas pensam a nosso respeito, não vou mentir, sou assim até o último fio de cabelo, mas acho tenso pois acaba nos deixando um pouco congelados.
Conheço você a pouco tempo, mas já percebi grandes qualidades em você e no Caio, diga-se de passagem que são os únicos blogueiros no qual tenho o MSN. No âmbito online, eu ter o MSN de pessoas que não conheço é algo estritamente pessoal, se é que você me entende.
Bom, o post ficou sensacional, e você sabe que só alcançou isso por ter me citado...
ReplyHahaha...
Bom, você é meu AMIGO e pode contar comigo sempre, mas tranquilize-se, não vou pedir dinehiro emprestado, até porque, esse lance de deixar o Netbook como garantia não foi inteessante.
Mas sabe, li o comentário do Richard e... Richard, tem vintão pra empresta?
Bauru, lembre-se, não gere expectativas demais, a realidade esmaga e machuca.
Abraço, amigo.
Ei, eu cheguei até o fim e posso garantir que eu me sinto da mesma maneira. Eu mesmo crio muitas expectativas e só acabo saindo machucado. As pessoas são cruéis mesmo. Caramba... que coisa mais emo...
ReplyEssa é a vantagem de se ter trinta e poucos anos... Você pode fazer suas próprias escolhas, porque invariavelmente é você que vai pagar suas contas... hahahahahha... Não tem mesmo que dar satisfação pra ninguém!
ReplyMas, escolher as pessoas com quem se relacionar, isso realmente não tem preço... e é muito menos cansativo...
Ah... Também li até o fim... [Isso me parece chantagem de professor de português]
Teu breve texto me lembrou a primeira vez que li"nausea" e "metamorfoses", é uma abertura digna daqueles romances que parecem uma coisa e são outra...por falar nisso eu pretendo escrever um livro mas nunca soube como começar mas acho que agora já sei.
ReplyDe qualquer jeito aqui tem um troço bem ambiguo que é o fato de mesmo na internet você não está sendo "verdadeiro", por que aqui é teu "intimo exposto" mas não é você, você de verdade é ate onde teu "fisico" deixa teu "intimo" se manifestar e isso sim é complicado. Talvez tu seja timido, retraido ou cago, pouco disso transparece aqui onde os pensamentos imperam e nossos egos é que assumem o comandoas vezes a pessoa acha que está sendo verdadeira mas na verdade está sendo ainda mais dissimulada, de qualquer jeito me identifiquei com teu post tambem.
(apertando print screen, beleza)
hehe Rogério... liga não também tenho essa visão sombria sobre mim e tudo à minha volta. Tem horas que dá vontade de mandar tudo explodir só com um olhar. E contraditório? Quem não é contraditório que atire a primeira pedra...
ReplyÉ por conta da facilidade de comunicação das "pessoas que falem bem, pessoas simpáticas, expansivas e que sabem o valor de um bom papo" e por terem argumentos tão bem articulados, como os seus, que gosto sempre de retomar Paulo Freire em suas falas sobre o inacabamento do ser, sobre a consciência desse inacabamento e sobre como importa não submeter-se ao "determinismo" ou sujeitar-se a um "quietismo negador do seu ser".
ReplyToda a "boniteza" humana nasce do autoconhecimento, na possibilidade de explorar suas próprias incompletudes, numa busca permanente de rompimentos e superações. Permitir-se a si mesmo, num vigoroso processo de aprender a aprender, para aprender a ser. Isso implica em exercitar a humildade para saber-se no caminho e isto não é fácil!
Só pra ser um pouco didática*: Por ética bloguistica, não é uma regra, nem exceção, é apenas uma coisa simpática entre amigos blogueiros, você teria que linkar o @CaioLausi, preferencialmente em um texto que atesta o que você fala dele, muita gente chama isso no mundo blogs de “agregar referencial teórico”, ou você poderia citar o papo entre vocês não sei que horas da madrugada que mostre bem isso, isso porque outras pessoas não sabem quem é caio.
ReplyEu indicaria: Ideias para posts… Torturas diárias.
Vejamos: Então nós dois não daríamos certo no real, (até no virtual tu vive brigando comigo) posto que eu tenho uma dificuldade mais que fora do comum de formular uma idéia quando estou conversando com alguém, no meio do caminho eu esqueço o assunto, eu saio da sala pra conversar com alguém do ouro lado da sala e aí chegou lá, eu esqueci, se a pessoa quer discutir algum assunto eu não sou indicada, porque não tenho menor desejo de mudar a opinião do interlocutor.
Porra!!! Tem gente que quer mudar seu ponto de vista e faz tudo pra isso ocorrer, não basta a pessoa votar em x, tem que provar que y é errado e é mal partido, tem gente que não basta dizer que está certo, precisa também dizer que a outra pessoa está errada.
Então eu não entro no detalhe da coisa toda, prefiro apenas o meu silencio.
A verdade eu não sou lá muito de curtir ficar conversando, fora do mundo virtual, no offline eu curto meu quarto, fico lá com as séries que eu curto e os filmes.
*Didatico=jeito chiq de dizer 'coisa chata'.
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