Quando criança, por causa de meu caráter passivo diante dos problemas, ficava na minha mesmo diante das maiores provocações.
Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes me sentia envergonhado e me esforçava para continuar convivendo com as pessoas, pois julgava que não teria outros amigos. Pura insegurança, eu sei.
Certa vez, diante de uma dessas situações, vivida, no entanto, por um colega de classe, vi a professora de História agir de forma muito serena. Seu nome era Elinor e eu sempre achava estranho que ela vestisse apenas calças. Chegaram a chamá-la sapatão por isso, mas essa imagem nunca pegou em minha mente.
Voltando, essa professora viu este colega de classe pedindo desculpas depois de uma explosão de raiva. Diante da classe, ela entregou-lhe uma folha de papel lisa e disse para que ele amassasse. Em seguida pediu que ele a deixasse como antes. Ele não conseguiu e ela então ensinou a todos nós que observávamos que o coração das pessoas era como aquele papel. A impressão que nele deixamos será tão difícil de apagar como os amassados que da folha não saíam.
Lembrei-me dessa história hoje, logo que recebi um telefonema de um amigo de Bauru. Este colega de classe que retratei na história e com o qual não tinha nenhum contato há muitos anos, morreu após um acidente de moto.
4 comentários
aceita parceria???
Replyhttp://blogdopessoalparaopessoal.blogspot.com/
Este foi pra mim!
ReplyUm abraço!
Rogério, a mensagem deixou bons ensinamentos. Uma vez tomadas certas atitudes elas são de difícil reparação. Para tanto devemos pensar bem nas decisões que fizemos, assim como devemos as fazer da melhor forma, pois não há um modo de ‘refazê-las’. Não vou ficar de filosofia barata aqui, mas ficou muito bom. Valeu, All3X
ReplyVivis, acho que serve pra todos nós, né? Abraço para você também.
ReplyAll3x, já falei tanto sobre isso aqui no blog que acabo achando que nem as paredes ouvem. Valeu pelo feedback, meu caro. Devemos sim tomar bastante cuidado com o que dizemos...
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