Esta mulher é feia! Isso é incoerência externa!
É comum, ao corrigir as redações de meus alunos, eu escrever que é preciso atentar para a coerência textual. Quando afirmo isso, refiro-me a dois tipos principais: a interna e a externa.
Coerência interna é a não-contradição entre as partes do texto. A externa é a não-contradição com a realidade, com o senso comum.
As idéias numa dissertação precisam se completar, a geral se apoia na particular, a particular sustenta a geral. Na narração, se uma personagem for negra no começo, será assim até o fim, exceto o Michel Jackson, é claro.
A coesão colabora com a coerência, porque os conectivos ajudam a dar o sentido à união de duas ou mais idéias: alternância, conclusão, oposição, concessão, adição, explicação, causa, conseqüência, temporalidade, finalidade, comparação, conformidade, condição.
Veja um exemplo de incoerência na dissertação:
Coerência interna é a não-contradição entre as partes do texto. A externa é a não-contradição com a realidade, com o senso comum.
As idéias numa dissertação precisam se completar, a geral se apoia na particular, a particular sustenta a geral. Na narração, se uma personagem for negra no começo, será assim até o fim, exceto o Michel Jackson, é claro.
A coesão colabora com a coerência, porque os conectivos ajudam a dar o sentido à união de duas ou mais idéias: alternância, conclusão, oposição, concessão, adição, explicação, causa, conseqüência, temporalidade, finalidade, comparação, conformidade, condição.
Veja um exemplo de incoerência na dissertação:
“O verdadeiro amigo não comenta sobre o próprio sucesso quando o outro está deprimido. Para distraí-lo, conta-lhe sobre seu prestígio profissional, conquistas amorosas e capacidade de sair-se bem das situações. Isso, com certeza, vai melhorar o estado de espírito do infeliz”.Exemplo de incoerência em narração:
“O quarto espelha as características de seu dono: um esportista, que adorava a vida ao ar livre e não tinha o menor gosto pelas atividades intelectuais. Por toda a parte, havia sinais disso: raquetes de tênis, prancha de surf, equipamento de alpinismo, skate, um tabuleiro de xadrez com as peças arrumadas sobre uma mesinha, as obras completas de Shakespeare”.Fui claro? Considere me seguir no Twitter e aprender mais sobre o uso da linguagem.
1 comentários :
Bauru, muito legal a sua abordagem deste tema.
ReplyIsto não é tarefa fácil, chamar atenção para a coerência interna ou externa é o mesmo que ensinar a pensar novamente.
Antes de o cérebro enviar a mensagem à ponta dos dedos( no caso do teclado) ou para a ponta da caneta(para aqueles que ainda manuscrevem...raro isto..rss)ele precisa reordenar as idéias, torná-las coerentes, complicado isto, talvez não para ti, cuja função já tornou obvio estes cuidados, mas para aqueles que não estão habituados aos cuidados da escrita isto é um tormento :o(
Exemplificando, chamei duas pessoas queridas pra ver seus textos e pedi que localizassem os erros nos parágrafos,sem dizer aonde poderiam estar.
Eles são redatores técnicos, mas redatores...
Os pobres olharam, leram, tentaram achar o problema na grafia e na pontuação, mas na coerência?? Nem lhes passou pela cabeça :P
Somente quando eu disse que o erro estava na sintonia da escrita é que relendo mais vezes encontraram.
Riram muito e disseram que aprenderam a lição.
Agora, além de preocuparem-se com a grafia, pontuação, tomarão muito cuidado para não serem incoerentes na ordenação de seus pensamentos (diga-se escrita). Viu como a prática é que nos leva a estes cuidados? Percebeu que é um "ensinar" a pensar novamente?
Eu também tive que ler duas vezes...soryy!!! :P
A primeira foi no automático, mas quando chegou no final me perguntei: Ué? Já terminou? rssss
Daí voltei relendo e prestando atenção "de fato" ao texto, somente aí é que percebi o detalhe. Atenção é tudo mesmo não é?
Aí já são dois detalhes mega importantes, o "pensar" de quem escreve e a atenção de quem lê para perceber os erros ou acertos ;o)
Lição assimilada :)
Será?? :D
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