Fui claro ou é você que não entende?


Dias atrás, tuitei a seguinte mensagem:
 Evite dizer
Imediatamente, três ou quatro seguidores deram RT, mas fui questionado por uma quanto ao real significado da frase. Segundo ela, a segunda seria uma demonstração de falta de educação. Não discordo dela se pensarmos que na linguagem escrita não fazemos uso da entonação. Ainda que haja recursos como os emotions, não podemos a todo instante usá-los. A não ser que queiramos ser confundidos com emos.
Minha opinião sincera é a de que apenas se comunica bem quem conhece os atalhos da Língua Portuguesa. Pra uns, este atalho foi revelado através dos estudos. Pra outros, a vida se encarregou de ensinar como se comportar diante do público.
Ainda sobre o mesmo tema, certo dia alguns seguidores do Cardoso começaram um mimimi a respeito da clareza da mensagem e dos problemas de interpretação consequentes da mesma. Acabei entrando na discussão de enxerido. Disse que nivelar o discurso pelo público é condená-lo , muitas vezes, à eterna ignorância. Sinto-me na obrigação de fazer com que meus alunos tenham um vocabulário mais rico do que tinham quando começaram a conviver comigo. Mais que isso, quero que usem inteligentemente as palavras.
No caso de problemas de comunicação, não adianta procurar o errado da história. Deve-se, sim, observar o contexto em que todos estão inseridos. Não dá pra querer que o discurso de um intelectual seja perfeitamente entendido por um analfabeto se a linguagem usada não for comum aos dois.

De quem é a culpa então?
Do estágiário, claro! Brincadeiras à parte, refiro-me aos muitos erros encontrados nos grandes portais. Eles, no entanto, não são unanimidade quando se fala em problemas de comunicação. Sempre estamos à procura de um culpado quando há algum problema de comunicação e o objetivo é sempre o mesmo: expô-lo ao ridículo. É o que chamam por aí de “vergonha alheia”. Algo, pra que vocês tenham ideia, semelhante ao professor que prega no mural uma cópia da redação de um aluno apenas porque ele cometeu algum erro crasso. Uma coisa, porém, é ponto pacífico: sempre ocorrem falhas na comunicação. Mais do que procurar alguém para punir, é preciso buscar as causas da má interpretação.
Como evitar problemas como estes citados?
Normalmente, quem comete algum erro no processo comunicativo não atenta para o fato de que não só há muitos elementos envolvidos no ato como a situação de produção influencia no resultado da mesma. O contexto de produção da mensagem é importante, a escolha das palavras, o estado emocional dos ouvintes, tudo, em menor ou maior grau influenciam na resposta que se espera de uma eventual comunicação. O ponto de partida, no entanto, é ser educado, por isso todos devemos ter em mente as palavra do livro “Técnicas de comunicação escrita”:
Não se pega mosca com vinagre
Seja educado e mostre-se solícito durante a troca de informações que compõem o ato de comunicação.

2 comentários

Fala ae cara estive ausente, mas...
vi uma twittada sua pra mim aqui sobre banner...
eu ja fiz banner pra você ou ker q eu faça um?
aguardo

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O problema da falta de riqueza nos vocabulários é estritamente ligado a falta de leitura. Eu já li muito, hoje ando muito preguiçosa para ler, não para pensar, pesquisar, aprender. Eu não tenho muita paciência com gente preguiçosa, que não sabe o sinônimo de alguma palavra e fica perguntando, que tem preguiça de pensar. Vai procurar no Aurélio! Joga no Google!

Boa reflexão!

Ah! Te linkei lá no CoolBox

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