Virarei um casmurro


Quando li pela primeira vez "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e na sequência o "Dom Casmurro", imaginei que minha vida literária não seria mais a mesma. Tinha acabado de ler "Espumas Flutuantes" e tive a nítida certeza de que o humor ácido de Machado de Assis era o que eu mais gostava na literatura brasileira. Estava certo. Depois, numa conversa aqui em casa sobre blogs, leitores, visibilidade, minha mulher que nem de blog entende, disse-me uma verdade. As pessoas querem superficialidade... Ninguém quer parar e pensar no que está escrito. Se você, meu leitor, quiser uma prova, vá nos blogs de maior visibilidade por aí. Verá que os posts não são os mais críticos, muitas vezes nem engraçados são. O que há em excesso são posts que brincam com imagens. Certa vez um amigo, cujo blog tem mais de um milhão e meio de acessos, disse-me que a maior parte dos posts que faz são indicações do leitores, sugestões. Poxa, se nem pensar no que vai postar ele precisa mais... Bom, isso era pra ser um post, mas virou um desabafo... Quer ler meu blog, fique à vontade. Não quer, no mínimo isso aqui você leu.

2 comentários

Rogério, veja os livros didáticos atuais, pouco texto, muitas imagens. Percebo isso nos livros de Física, é só comparar alguns de dez, vinte anos atrás com os de hoje. Pouco conteúdo, muitas figuras.
É a geração MTV, imagens e clips, poucas palavras.
Acontece também com os quadrinhos. Os textos são curtos, a ação preenche toda a página. Um jovem hoje não leria o Surfista Prateado de Stan Lee e John Buscema dos anos 60. Não teria paciência para ler.
Só sei dizer que estamos chegando ao fim!

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Você é um otimista, meu amigo, ao dizer que estamos chegando ao fim. É o que digo além de concordar com seu comentário.

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