Onde fica a privacidade do lobo mau?


Pode vir, lobo mau!


Muitas são as versões da antiga história de chapeuzinho vermelho. Algumas favoráveis ao lobo, outras à menina. Certo é que ela ocupa o imaginário de muitas pessoas. Esta é apenas uma das muitas que postarei por aqui. Na lista, temos a tese de Eliane T. A. Campello, textos de Irmãos Grimm, Braguinha, Ana Beatriz Guerra, Cid de Oliveira, Millôr, Tiago Polizelli Brait, Mario Prata, Rubem Alves e outros achados na internet e cuja autoria é duvidosa. Vamos à primeira?

Chapeuzinho Vermelho está andando pela floresta, para levar seus docinhos para vovozinha, quando vê uma moita se mexendo. Sem conseguir conter a sua curiosidade, espia atrás da moita e dá de cara com o Lobo Mau.

- Bom dia, seu Lobo! Nossa que olhos grandes você tem! - observa ela.
- São para melhor te ver, Chapeuzinho! - responde o Lobo, cordial.
E ela continua o seu passeio. Pouco mais adiante, vê outra moita se mexendo. Corre para dar uma espiada e novamente encontra o Lobo Mau.
- Olá, seu Lobo! Nossa que nariz grande você tem! - observa.
- São para melhor sentir o seu perfume, Chapeuzinho! - responde ele, secamente.
E ela continua o seu passeio. Alguns minutos depois, vê outra moita se mexendo. Espia e outra vez dá de cara com o Lobo.
- Uau! Você de novo! Mas que orelhas grandes você tem! - observa.
- São para melhor te ouvir, Chapeuzinho! - responde ele, irritado.
E ela continua o seu passeio. Duzentos metros depois, vê outra moita se mexendo. Adivinha quem está lá? O próprio.
- Olá, seu Lobo! Mas que saco grande você tem! - observa.
- É pra te aturar, Chapeuzinho! Faz meia hora que eu estou querendo dar uma cagada e você não deixa.

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