Dicas para escrever bem e claro - parte 2


Falei no post do dia 25 de fevereiro sobre ambigüidade sintática. Naquele, abordei a confusão que pode ocorrer quando um termo por receber duas classificações por causa da posição em que o mesmo se encontra no enunciado. Outro aspecto importante a ser observado durante a feitura de um bom texto é a elipse e a ambigüidade.
O mau uso da elipse pode criar frases com duplo sentido, por exemplo:
- "Hoje você é uma uva, mas cuidado, uva passa.” (Propaganda de cosméticos)
Por meio de uma metáfora, o texto faz referência à beleza (uva), ressaltando que ela é efêmera (uva passa, isto é, a beleza não é eterna). Todavia, se subentendêssemos a expressão "você é", teríamos uma ofensa: você é uma uva passa (toda enrugada, como a fruta). Nesse caso, "uva" não seria o sujeito, mas núcleo de um predicativo, o sujeito e o verbo de ligação estariam elípticos.
O bom uso da elipse, no entanto, é instrumento de coesão, por isso, nos posts futuros, o assunto será revisto.
Conhece outros exemplos engraçados? Deixe-os nos comentários e enriqueça esse post.

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