Uma machadada no centenário


Participo do grupo "Viciados em Livros". De lá, invariavelmente, recebo preciosidades que não têm preço. O número, no entanto, de e-mails recebidos era muito grande e não dava conta de ler, por isso, resolvi receber apenas uma compilação de postagens de lá. Numa delas, li o comentário do "viciado" Adelmário. Tomei a liberdade de reproduzir parte dele aqui, visto que como ele, sou fã assumido de Machado de Assis e, como todos sabem, comemoramos o centenário de sua morte dias atrás. Leia comigo o que o Adelmário escreveu:

(...) "guardadas as proporções de época, país de onde ele é, e condições nas quais escrevia, ele é o maior escritor do mundo. Se fosse do "primeiro mundo" por certo seria considerado o maior escritor, pois os que são assim considerados não chegam aos seus pés. Apresente-se um pelo menos da sua altura... Um pelo menos dos que já ganharam prêmios nobéis que tenha criado tão bem personagens e tramas como ele. Que deixa no ar se a mulher traía o marido ou era somente imaginação dele...
Mas foi brasileiro. Mulato. Doente. Pobre. Órfão. Crítico. Debochado. Sutil. Solitário...
Para mim o autor é tão vivo que me impressiona o centenário da sua morte... Nenhum elogio a ele é exagerado."(...)

Sim, Adelmário, se fosse em outro lugar ele seria o modelo, o primeiro, o paradigma. Mas, cá entre nós, o que esperar de um lugar cujo presidente gosta de enfatizar que venceu na vida sem ter estudado?

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