Como discordar sem ser desagradável


Invariavelmente falo demais. Por falar demais acabo metendo os pés pelas mãos. Muitas vezes, depois da confusão armada é que percebi que houve uma frase a mais, um oi a mais, um não a mais. Ser comedido é necessário a não ser que você seja um comunicador no estilo do Rodrigo Faro e sua profissão seja manter o público preso ao que você diz. Esse não é o único erro nesse caso. Muitas vezes o que mais importa não é o que diz, mas a maneira de dizê-lo.

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Autoridade excessiva. Ausência de diálogo.

Há uma citação de Benjamim Franklin que colocarei abaixo. Ela vem ao encontro do que trato neste post:

"Neste ponto eu concordo. Mas há outro em que peço licença para fazer uma restrição".

Eu rio quando me lembro de conversas nas quais tudo estava bem, mas por conta das escolhas discursivas, vi-me em meio a uma saraivada de palavras sem sentido algum com o que havia motivado a conversa. Isso ocorre, por exemplo, quando algum aluno faz uma reclamação. Coloco os pontos que considero corretos e “em algumas vezes” o aluno não consegue contraargumentar. Nessa hora, vejo claramente a mudança no tom. De discussão passa pra “ofensa”. É fato que uma discussão amistosa muitas vezes enriquece uma conversa, mas não devemos em hipótese alguma começar com declarações generalizadas apenas para provocar polêmica. Vejo isso no Twitter. Pessoas lançam suas ofensas generalizadas em direção a cristãos, petistas, fãs do Restart sendo que quem é o alvo, muitas vezes não está vendo e muito menos ligando. Tais observações dogmáticas fazem com que pessoas que nada tinham a ver com a conversa acabem tomando partido com uma violência que não permite conversação educada.
É importantíssimo, caso você queira manter o clima amistoso, não contradizer sumariamente pessoa alguma mesmo quando se tenha certeza de que ela está errada. Use de sutileza e a boa argumentação. Se ela não aceitar ou entender, o problema é dela e não  seu.


1 comentários :

Olá Bauru

Muito pertinente sua colocação, confesso que já cometi meus equívocos nesse momento de "discordar com parcimônia", mas aos poucos vamos aprendendo e percebendo que muitas vezes é melhor calar do que falar algo que pode de algum modo ser mal interpretado.

Essa coisa de tomar partido na discussão alheias eu prefiro me abster na maioria das vezes, pois penso que como não estou a par de tudo que houve não posso julgar alguém com tantas certezas, meus julgamentos se baseiam em coisas que aconteceram comigo, que vi e que penso.

Quanto ao twitter eu disse uma frase uma vez e repito: "eu posso gostar de um perfil, mas não quer dizer que irei concordar com tudo que ele diz", eu penso que quando respeitamos o gosto alheio, as ideias e atitudes dos parceiros podemos viver com mais harmonia.

É isso, ótima reflexão.

Um Abraço
@anakint

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