Novamente a Polissemia


Notadamente, às vezes, me preocupo em falar sério. Nessas horas, o melhor é falar pouco. Já abordei o assunto aqui, mas como [mode histérico ON] "a - do - ro" [mode histérico OFF] o assunto, trago uma leitura antiga de um texto de Michel Bréal, de um livro chamado Ensaio de Semântica intitulado Polissemia.
Novos sentidos, quaisquer que sejam eles, não anulam os sentidos antigos. Isso pode ser revelador. Na Língua Portuguesa, é fator de economia atribuírmos novos sentidos aos antigos. Isso pode ser comprovado se imaginarmos a quantidade de novas palavras a serem inventadas para traduzir situações para as quais usamos as mesmas palavras. Lembram-se desses posts (1 e 2)? Leia-os para usar de exemplo. Usar, portanto, o sentido metafórico não anula o sentido próprio. Ao fenômeno de criar novos sentidos dá-se o nome de Polissemia. Embora não seja poliglota, já li que todas as línguas participam desse fenômeno.

"Diz-se que Frederico II via na multiplicidade das acepções uma das superioridades da língua francesa. Ele queria dizer, sem dúvida, que essas palavras e sentido múltiplos eram a prova de uma cultura mais avançada." É preciso representarmos a língua como um vasto catálogo no qual são consignados todos os produtos da inteligência humana: muitas vezes o catálogo, sob um mesmo nome expositor, nos remete a diferentes classes. Damos alguns exemplos dessa polissemia. Clef que é emprestado às artes mecânicas, pertence também à música. Racine, que nos vem da agricultura, vem igualmente das matemáticas e da linguística Base, que pertence à arquitetura, tem seu lugar na química e na arte militar."

Veem? Como já falei, chega de achar que existe apenas um sentido e atentem para o que acontece nas propagandas.

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