Fugir não é o melhor caminho


Hoje, ri de um aluno que, para mim, fingia estar decepcionado com um fora que levou de alguma garota lá na escola. Aquilo pareceu-me engraçado, pois a exposição parecia mais jogo de cena do que algo realmente verdadeiro (com o perdão do pleonasmo) mas... chegando em casa, parei para pensar naquilo e relacionei esse fato a uma conversa que tive com outros três alunos nas primeiras aulas de hoje. Disse a eles que algumas decisões que tomamos podem nos machucar, mas pior que isso é sofrer por coisas que não fizemos. Não falo de loucuras sem nexo e sem fundamento nenhum na razão, mas das atitudes que exigiam um mínimo de coragem e que, por não tomarmos, por não dizermos a palavra que faltava, por não deixar o orgulho de lado, nos deixam como legado uma existência, no mínimo, medíocre, pois sempre ficaremos com a frustração de não sabermos como teria sido nossa vida se não tivéssemos nos acovardado. Bom, diante disso, um pequeno fragmento de texto de cujo autor não me lembro, falou fundo ao meu coração... isso porque não percebo, às vezes, como nossa vida está intimamente ligada às pessoas com quem convivemos.


"Como é fácil ser difícil. Basta ficar longe dos outros e, desta maneira, não vamos sofrer nunca. Não vamos correr os riscos do amor, das decepções, dos sonhos frustrados. Como é fácil ser difícil. Não precisamos nos preocupar com telefonemas que precisam ser dados, com pessoas que pedem nossa ajuda, com a caridade que é necessário fazer. Como é fácil ser difícil. Basta fingir que estamos numa torre de marfim, que jamais derramamos uma lágrima. Basta passar o resto de nossa existência representando um papel. Como é fácil ser difícil. Basta abrir mão do que existe de melhor na vida."

P.s.: obrigado, Janete.

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